quarta-feira, 19 de junho de 2013

NYC - Go fuck !

7º capitulo

- Tá, foi mal aí. Mas calma logo você vai encontrar alguém e vão ter muitos filhos, sua família não vai acabar enquanto tiver você viva !

- pra mim já acabou.

- Olha eu cansei ! Eu estava aqui tentando te animar, mas você é mais difícil do que tudo !

- O que você está fazendo aqui então ? Agora mesmo a policia aparece e você se ferra.
- Que nada, eles devem estar ocupados com o assalto dos rapazes.


-Então vai se foder ! –levantei e comecei a subir na arvore-

- O que você está fazendo ? Garota, desce dai de cima !

- Vai toma no cú, Justin !

- Dá pra parar de me ofender ?

- Como se você se sentisse ofendido com o que eu digo. –disse sentando no galho.

- Já vi que você não vai com a minha cara –veio subindo na arvore-

- Jura ? –disse irônica- Será que dá pra você descer ? Quero ficar sozinha.

- Beleza, mas você vai ficar sozinha comigo, pode ser ? –revirei os olhos e fiquei lá, balançando as 
pernas- Então o que vai fazer agora ? –ele estava tentando puxar assunto-

- E você se importa ?

- Dá pra parar de ser grossa ?

- Olha, eu não te entendo. Você se diz ser um criminoso, mas, você não tem essa pose de “garoto revoltado”.

- Agora eu que não entendi.

- Eu não sei, se alguém te visse passando, não diria que você é traficante.

- É que as aparências enganam !

- Verdade. –ri sem humor.

- O que ? –ele me empurrou com o ombro.

- Não é nada. É só que quando eu era mais nova, eu costumava enganar as pessoas assim, era legal. Eu achava divertido. –rimos um pouco.

- É tão legal como a sociedade pensa que todos são verdadeiros. Mas a única verdade parece ser aquela que diz que todos são falsos. É quase impossível não ser falso, e essa pode ser sua verdade. Não sei se você me entende.

- UUH, Justin filosofando. –rimos- Mas eu tenho que concordar.

 Sabe, ele até que é legal. Mas eu não posso aceitar isso, porque meu pai morreu por causa dele. Eu posso tentar aceitar, mas é difícil, muito! Ficamos ali conversando um tempo, até que passa um bando de pássaro por dentro da arvore e eu ainda acabo caindo e não vejo mais nada.

Justin P.O.V

 Pássaros idiotas ! Olhei pra baixo e vi a Jessie caída no chão. Desci da arvore e pude ver que ela estava desacordada.

- Jessie, Jessie ! Acorda, você está me escutando ?

Ela nem se mexia. Ai meu Deus ! O que eu vou fazer agora ? Acho melhor levar ela pra casa. Peguei ela pelo braço e a carreguei até o carro. Mas onde ela morava ? Lembrei de outro dia, que eu levei ela na casa dela. Não é tão longe daqui. Cheguei na porta da casa que ela morava, era enorme, peguei ela no colo de novo e caminhei até o portão, onde tinha uns seguranças. Tomara que me deixem passar !

- O que é isso ? O que faz com a Jessie nos braços ?

- Nada é que, estávamos no parque, em cima de uma arvore, e ela caiu desmaiada. Será que eu posso deixar ela em casa ?

- Claro, só vou pedir permissão para os avós dela. –ele falou um momento no interfone e voltou para onde eu estava- Pode entrar rapaz.

 E o grande portão se abriu. Pude ter uma visão maior ainda da casa dela e o jardim. Havia uma especie de trilha, aonde dava na porta e um senhor parado lá. Me aproximei, ele deveria ser o avô.

- Meu jovem, o que aconteceu ?

- Ela caiu da arvore.

- Oh, vamos entrando. Coloque ela no quarto pra mim, por favor ? Vou avisar a avó dela.

- Claro, onde é ?

- Suba as escadas, a direita. Uma porta pintada de roxo.

- Tudo bem.

 Subi as escadas e meu Deus ! Que casa ! Tudo do mais puro luxo!

 Achei a porta roxa, do quarto dela, e entrei. Coloquei ela na cama e dei uma olhada no quarto. Tinha uma prateleira com vários livros, uma escrivaninha com uma luminária e um iMac. Não esperava menos. Tinha o closet, com roupas e sapatos que não acabavam mais.O banheiro. Cortinas em um tom claro de preto, cobrindo uma porta de vidro que dava a uma sacada. Entrei no closet, e claro, não pude deixar de ver as peças intimas dela. Mas só tinha coisa preta, vermelho e algumas brancas.

- Meu rapaz ? –escutei uma voz e rapidamente guardei as coisas-

- Ahn, aqui ! –respondi e fui até o quarto, era uma mulher agora.

- Ah, obrigada por trazer a Jessie de volta.

- Não foi nada.

- Você é amigo dela ?

- Mais ou menos, é complicado. –rimos sem humor, o silêncio, subitamente, predominou o local, estava meio constrangedor.

- Então, -ela quebrou o silêncio- quer jantar conosco ?

- Eu não quero incomodar.

- Não, por favor, é o minimo por trazer ela de volta. Além do mais eu fiz lasanha. Eu insisto.

- Se é assim, tudo bem.

- Vamos lá pra baixo, vou pegar uma compressa de gelo pra colocar na cabeça dessa teimosa. E terminar o jantar.

 Descemos as escadas e eu fiquei na cozinha com o avô dela, enquanto a mulher foi lá em cima tentar acordar a Jessie.

 Logo elas desceram.

Jessie P.O.V

 - Minha loirinha, -dizia uma voz doce- acorda. –Senti algo gelado na cabeça e abri os olhos.

- O que aconteceu ? –disse esfregando os olhos.

- O garoto que te trouxe aqui, disse que você caiu da arvore. Ainda com essa mania, Jessie ?

- Garoto ? Que garoto ?

- Um loiro de topete. Ele é seu namorado ?

- O que ? Não ! Eu odeio esse garoto.

- Bom, de qualquer jeito ele está ai, e vai jantar conosco. Tente ser gentil ok ? Vem, vamos descer.
 Descemos as escadas e fomos para a cozinha. Ele estava lá com meu avô. Olhei feio pra ele e o mesmo riu.

- Vai matar meu avô também, Justin ? –disse no ouvido dele, assim que me sentei.

- Só se ele tentar me impedir de ficar com você. –disse também no meu ouvido e eu mostrei o dedo pra ele, por baixo da mesa, acho que ele viu, porque deu uma risadinha rouca.

- Bom, podem se servir. –minha vó disse colocando a travessa de lasanha na mesa.
[...]
-Estava uma delicia, senhorita Katy. –o Justin disse, ô puxa saco!

- Por favor, só Katy, e obrigada. Saiba que vai ser sempre bem vindo aqui meu jovem. –revirei os olhos.

- Isso mesmo meu rapaz. –agora meu avô- Fico muito feliz que você está namorando a Jessie.

- Não vô, a gente não ... –o Justin me interrompeu.


- E eu fico grato que vocês apóiem.

- Olha eu não vou falar mais nada. E a gente não ...

- Para de mentir, amor. – é ele estava conseguindo me irritar.

- Ai ! Será que dá pra parar ? –Sai da mesa e pude ouvir eles rindo.

 Fui para o jardim e fiquei no pé de uma árvore.

- Já vi que você gosta de árvores. – o mala se sentou do meu lado.

- Por que você não vai embora logo ?

- Calma. Horas atrás você estava de boa comigo, por agora está assim ?

- Sei lá, só quero que você suma !

- Eu já vou. Só queria ver como você estava.

- Melhor sem você.

- OK ! Vou embora. –ele se levantou.

- Graças a Deus !

- Ah, seu avô me chamou pra voltar aqui.

- Vou matar aquele velho !


- Até amanhã. – ele se foi. 

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