7º capitulo
- Tá, foi mal aí. Mas calma logo você vai encontrar alguém e vão ter
muitos filhos, sua família não vai acabar enquanto tiver você viva !
- pra mim já acabou.
- Olha eu cansei ! Eu estava aqui tentando te animar, mas você é mais
difícil do que tudo !
- O que você está fazendo aqui então ? Agora mesmo a policia aparece e
você se ferra.
- Que nada, eles devem estar ocupados com o assalto dos rapazes.
-Então vai se foder ! –levantei e comecei a subir na arvore-
- O que você está fazendo ? Garota, desce dai de cima !
- Vai toma no cú, Justin !
- Dá pra parar de me ofender ?
- Como se você se sentisse ofendido com o que eu digo. –disse sentando
no galho.
- Já vi que você não vai com a minha cara –veio subindo na arvore-
- Jura ? –disse irônica- Será que dá pra você descer ? Quero ficar
sozinha.
- Beleza, mas você vai ficar sozinha comigo, pode ser ? –revirei os
olhos e fiquei lá, balançando as
pernas- Então o que vai fazer agora ? –ele estava
tentando puxar assunto-
- E você se importa ?
- Dá pra parar de ser grossa ?
- Olha, eu não te entendo. Você se diz ser um criminoso, mas, você não
tem essa pose de “garoto revoltado”.
- Agora eu que não entendi.
- Eu não sei, se alguém te visse passando, não diria que você é
traficante.
- É que as aparências enganam !
- Verdade. –ri sem humor.
- O que ? –ele me empurrou com o ombro.
- Não é nada. É só que quando eu era mais nova, eu costumava enganar as
pessoas assim, era legal. Eu achava divertido. –rimos um pouco.
- É tão legal como a sociedade pensa que todos são verdadeiros. Mas a
única verdade parece ser aquela que diz que todos são falsos. É quase
impossível não ser falso, e essa pode ser sua verdade. Não sei se você me
entende.
- UUH, Justin filosofando. –rimos- Mas eu tenho que concordar.
Sabe, ele até que é legal. Mas eu não posso
aceitar isso, porque meu pai morreu por causa dele. Eu posso tentar aceitar,
mas é difícil, muito! Ficamos ali conversando um tempo, até que passa um bando
de pássaro por dentro da arvore e eu ainda acabo caindo e não vejo mais nada.
Justin P.O.V
Pássaros idiotas ! Olhei pra baixo e vi a
Jessie caída no chão. Desci da arvore e pude ver que ela estava desacordada.
- Jessie, Jessie ! Acorda, você está me escutando ?
Ela nem se mexia. Ai meu
Deus ! O que eu vou fazer agora ? Acho melhor levar ela pra casa. Peguei ela
pelo braço e a carreguei até o carro. Mas onde ela morava ? Lembrei de outro
dia, que eu levei ela na casa dela. Não é tão longe daqui. Cheguei na porta da
casa que ela morava, era enorme, peguei ela no colo de novo e caminhei até o
portão, onde tinha uns seguranças. Tomara que me deixem passar !
- O que é isso ? O que faz com a Jessie nos braços ?
- Nada é que, estávamos no parque, em cima de uma arvore, e ela caiu
desmaiada. Será que eu posso deixar ela em casa ?
- Claro, só vou pedir permissão para os avós dela. –ele falou um momento
no interfone e voltou para onde eu estava- Pode entrar rapaz.
E o grande portão se abriu. Pude ter uma visão
maior ainda da casa dela e o jardim. Havia uma especie de trilha, aonde dava na
porta e um senhor parado lá. Me aproximei, ele deveria ser o avô.
- Meu jovem, o que aconteceu ?
- Ela caiu da arvore.
- Oh, vamos entrando. Coloque ela no quarto pra mim, por favor ? Vou
avisar a avó dela.
- Claro, onde é ?
- Suba as escadas, a direita. Uma porta pintada de roxo.
- Tudo bem.
Subi as escadas e meu Deus ! Que casa ! Tudo
do mais puro luxo!
Achei a porta roxa, do quarto dela, e entrei.
Coloquei ela na cama e dei uma olhada no quarto. Tinha uma prateleira com
vários livros, uma escrivaninha com uma luminária e um iMac. Não esperava
menos. Tinha o closet, com roupas e sapatos que não acabavam mais.O banheiro.
Cortinas em um tom claro de preto, cobrindo uma porta de vidro que dava a uma
sacada. Entrei no closet, e claro, não pude deixar de ver as peças intimas
dela. Mas só tinha coisa preta, vermelho e algumas brancas.
- Meu rapaz ? –escutei uma voz e rapidamente guardei as coisas-
- Ahn, aqui ! –respondi e fui até o quarto, era uma mulher agora.
- Ah, obrigada por trazer a Jessie de volta.
- Não foi nada.
- Você é amigo dela ?
- Mais ou menos, é complicado. –rimos sem humor, o silêncio, subitamente,
predominou o local, estava meio constrangedor.
- Então, -ela quebrou o silêncio- quer jantar conosco ?
- Eu não quero incomodar.
- Não, por favor, é o minimo por trazer ela de volta. Além do mais eu
fiz lasanha. Eu insisto.
- Se é assim, tudo bem.
- Vamos lá pra baixo, vou pegar uma compressa de gelo pra colocar na
cabeça dessa teimosa. E terminar o jantar.
Descemos as escadas e eu fiquei na cozinha com
o avô dela, enquanto a mulher foi lá em cima tentar acordar a Jessie.
Logo elas desceram.
Jessie P.O.V
- Minha loirinha, -dizia uma voz
doce- acorda. –Senti algo gelado na cabeça e abri os olhos.
- O que aconteceu ? –disse esfregando os olhos.
- O garoto que te trouxe aqui, disse que você caiu da arvore. Ainda com
essa mania, Jessie ?
- Garoto ? Que garoto ?
- Um loiro de topete. Ele é seu namorado ?
- O que ? Não ! Eu odeio esse garoto.
- Bom, de qualquer jeito ele está ai, e vai jantar conosco. Tente ser
gentil ok ? Vem, vamos descer.
Descemos as escadas e fomos para a cozinha.
Ele estava lá com meu avô. Olhei feio pra ele e o mesmo riu.
- Vai matar meu avô também, Justin ? –disse no ouvido dele, assim que me
sentei.
- Só se ele tentar me impedir de ficar com você. –disse também no meu
ouvido e eu mostrei o dedo pra ele, por baixo da mesa, acho que ele viu, porque
deu uma risadinha rouca.
- Bom, podem se servir. –minha vó disse colocando a travessa de lasanha
na mesa.
[...]
-Estava uma delicia, senhorita Katy. –o Justin disse, ô puxa saco!
- Por favor, só Katy, e obrigada. Saiba que vai ser sempre bem vindo
aqui meu jovem. –revirei os olhos.
- Isso mesmo meu rapaz. –agora meu avô- Fico muito feliz que você está
namorando a Jessie.
- Não vô, a gente não ... –o Justin me interrompeu.
- E eu fico grato que vocês apóiem.
- Olha eu não vou falar mais nada. E a gente não ...
- Para de mentir, amor. – é ele estava conseguindo me irritar.
- Ai ! Será que dá pra parar ? –Sai da mesa e pude ouvir eles rindo.
Fui para o jardim e fiquei no pé de uma
árvore.
- Já vi que você gosta de árvores. – o mala se sentou do meu lado.
- Por que você não vai embora logo ?
- Calma. Horas atrás você estava de boa comigo, por agora está assim ?
- Sei lá, só quero que você suma !
- Eu já vou. Só queria ver como você estava.
- Melhor sem você.
- OK ! Vou embora. –ele se levantou.
- Graças a Deus !
- Ah, seu avô me chamou pra voltar aqui.
- Vou matar aquele velho !
- Até amanhã. – ele se foi.
Continua.........
ResponderExcluirTo amando a IB, continua prfv
ResponderExcluir