quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

NYC - Second Season - Capitulo 12

I am watching her  

Fui até meu quarto tomei um banho rápido. Coloquei minha roupa simples. Deixei o cabelo secar naturalmente. Peguei meu celular e desci as escadas. Meu avô já estava me esperando, então entramos no carro e fomos até o hospital. Quando chegamos lá ele foi até a recepção e pediu permissão para que pudéssemos ir ver ela na UTI. Tivemos que colocar aquela roupas de hospital e em seguidas andamos até onde minha avó estava internada. Uma enfermeira que estava nos acompanhando abriu a porta e nos permitiu entrar, mas antes avisou que seria só por meia hora.
Eu fiquei paralisada naquela hora. Essa não era a minha avó. E se for, estava muito diferente. Ela estava com vários tubos entrando nela por várias partes do corpo. Encima do peito tinha uma especie de agulha enfiada nela. Eu nunca pensei que poderia encontrar ela daquele jeito. Minha avó -por mais chata que fosse- sempre esteve cheia de vida e falava o tempo todo. Mas naquele momento. Ela estava calada.
- É ela, Jessie, está muito diferente, não?
- Concordo. Ela ainda não fez cirurgia?
- Ainda não. Os médicos estão esperando um doador. Só assim pra operar ela. -pude ver os olhos dele marejarem.
- Vai ficar tudo bem, vô. Não se preocupa, ela vai sair dessa.
Ficamos um pouco lá. Sentados num sofá pequeno que tinha ali do lado, olhando pra ela, vendo ela viver com a ajuda de aparelhos. Eu sei que não gosto dela, mas realmente espero que ela fique bem, porque apesar de tudo, ela ainda é minha avó, mãe do meu pai. E não quero ter que perder mais um familiar dos poucos que tenho.

(...)

Depois que sai do hospital eu voltei pra casa e tomei outro banho. Odeio ficar com cheiro de hospital. 
Ouvi o barulho do meu celular, indicando que tinha chegado uma mensagem.
''Já está arrumando as malas, vamos amanhã bem cedo.'' 
Era o Justin.
Eu ainda estou chateada com ele, eu não vou pra essa viagem. É difícil pra mim. Eu não consigo enfrentar meus medos assim. Essa insegurança mexe comigo, me deixa abalada. Só de pensar na possibilidade de voltar pra lá, meu corpo todo estremece. Eu não consigo fazer isso. O fato de o Justin querer que eu volte pra lá, me faz ficar brava com ele. Ele não entende que eu não consigo fazer isso? Eu pelo menos achava, que como ele era um dos únicos a saber disso, entenderia essa minha indecisão. Eu não consigo voltar pra lá. E pior ainda. Voltar pra lá sabendo que a qualquer momento, alguém pode chegar e matar o Justin.
Ele é doido ou o que?
Ele quer praticamente me arrastar pra o meio de uma guerra. É mais seguro ficar aqui. Ninguém sabe que eu existo mesmo. E eu sei que se eu for pra lá, só vou causar problemas.
Nem respondi a mensagem, ele sabe que eu não vou.
Depois recebi uma mensagem da Hanna, me pedindo pra ir no hospital.
Oushe. Hoje é o dia de visitar o hospital. Só pode.
Mas de qualquer jeito. Fui. Peguei meu carro e em pouco tempo estava entrando no quarto dela. 
Ela logo seria liberada, capaz de hoje mesmo ela estar em casa. Lembrei que ontem o Chaz tinha falado com ela. Hanna estava de pé, arrumando uma bolsa e com o olhar triste.
- Hanna? Tá tudo bem. -que pergunta idiota, Jessie. Logico que ela não tá bem.
- To levando né.
- Eu sinto muito mesmo.
- Ele te contou quando? 
- Ontem mesmo, eu que fiz ele te contar. Não é justo ele fazer você de boba. -ela me olhou e me puxou pra um abraço. Começou a chorar baixinho no meu ombro. - Vai ficar tudo bem. Pelo menos agora você tem o Cody. -ela chorou mais.
- Ele que escolheu o nome. -ela desabou mais em lágrimas. Assim fica difícil né? Se tudo for lembrar ele, a gente ta ferrada.
- Não importa, agora você tem seu filho e ele vai ser uma criança linda. Vai nessa viagem, conheça um bonitinho e se diverta. Você não pode ficar assim por causa dele. Acha que quando ele fez aquilo ele ficou chorando? -ela se afastou de mim e limpou as lágrimas e o nariz.
- Você tá certa. Eu não vou ficar chorando por aquele traste. Meu filho precisa de mim. -no mesmo instando escutamos o choro do bebê. - Não disse? -ela soltou uma risadinha. 
Eu sei que ela tava muito mal. Não deve ser fácil aguentar uma traição dessas. Ela foi até o Cody e começou a dar mama, acariciando o rostinho dele. Era muito fofo esse momento de mãe e filho. Um amor maternal é tudo que a gente precisa quando se é criança. A mãe da gente é a nossa segurança, nosso exemplo pra vida. Mesmo depois de tudo, eu só tenho orgulho da minha mãe, eu sei que ela era atarefada e tudo mais, mas sempre que ela tinha um tempo livre ela ficava comigo. E isso foi muito bom pra mim. Me ajudou a ser uma pessoa boa, e construir meu caractér.
Quando a Hanna recebeu alta eu levei ela até em casa e me despedi, porque ela já ia viajar. Essa viagem vai ser bom pra ele, rever os parentes, toda a família reunida e muito atenção pra ela. Mas se bem que quando eu fico com vontade de chorar, o que eu mais quero e ficar num canto sem ser notada.
Voltei pra casa. Não tinha muita coisa que fazer. Estava na hora do almoço, então só esquentei alguma coisa e fui pro sofá.
(...) 
Escutei o som da campainha me irritando e levantei até a porta. Eu tinha pegado no sono assistindo um filme. Abri a porto e dei de cara com um Justin impaciente.
- Por que demorou pra abrir a porta? 
- Eu estava dormindo. -levantei a mão em defesa. Ele logo foi entrando. Fechei a porta e sentei do lado dele no sofá. Ninguém falava nada, aquele silêncio estava me incomodando.
- Tá, Jessie, desculpa, você não precisa ir se quiser.
- Han? 
Ele bufou e desviou o olhar do meu. - Eu percebi que não é fácil pra você voltar pra Seattle. Não precisa ir se quiser. Mas ressaltando que eu quero que você vá, não quero ter que deixar você aqui.
- Justin eu pensei sobre isso também, e acho que vai ser melhor eu ficar mesmo. Lá ou você vai me deixar de lado, ou eu vou te distrair, se eu ficar aqui você vai poder trabalhar tranquilo. Não se preocupa nada vai acontecer comigo. -levei minha mãe até seu pescoço e fiz um carinho de leve. Puxei ele pra mim e encostei nossos lábios. Ele fez mas pressão e pediu passagem com a língua que foi concedia. Eu nunca, repito, nunca vou me cansar do beijo dele. Justin me empurrou pra trás e deitou em cima de mim. Continuando a me beijar.
(...) 
Tinha passado um dia. Hoje era o dia em que o Justin iria para Seattle. Ele estava na porta da minha casa, se despedindo de mim. Confesso que não era um momento muito legal.
- Promete que qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, me liga? -ele estava preocupado e demonstrava isso todo momento.
- Prometo, Justin.
- Não gosto muito da ideia de te deixar aqui. Mas eu tenho que ir... 
- Tá tudo bem, Justin. Não vai acontecer nada. Pode ir tranquilo, e quando você voltar eu faço o que você quiser.
- Hm... gostei dessa ideia. -ele me olhou malicioso.
- Idiota.
- JUSTIN, TEMOS QUE IR. - Nolan chamou ele. O mesmo me deu um beijo e foi, acenei pra ele e esperei o carro desaparecer da minha visão.

Anonimous P.O.V 

- Ainda está vendo ela?
- Sim, chefe, eu estou vendo ela ainda.
- Ótimo, fica vigiando ela, não importa o que aconteça. Se ela sair, vai junto, qualquer passo dela eu quero ficar sabendo ouviu?
- Sim, claro. Qualquer coisa eu te falo.
- E qualquer coisa que ela fizer, eu quero que me mande fotos.
- Não se preocupe. Eu estou vigiando ela. Ela acabou de entrar na casa.
-E se a Jessie, perceber suma da visão dela. Ninguém pode desconfiar de nada. E fica esperto, porque agora que o Justin viajou, eu não sei se ele deixou alguém de olho nela. Fica esperto. 
- Pode deixar. Qualquer coisa eu te ligo chefe. -e desliguei.