terça-feira, 15 de abril de 2014

NYC - Second Season - Capitulo 15

Calms 

Jessie Valentine P.O.V
Grávida? Não, grávida não. Sério? Eu não acredito nisso. 
Eu não sei o que se passa na minha cabeça agora. Eu estou confusa. Eu estou feliz? Eu devo ficar feliz? Acho que sim. Mas... Um filho? Um filho é muita responsabilidade agora. Mas eu não teria coragem de tirá-lo de mim. Meu Deus, eu não consigo pensar em nada. As palavras: filho, Justin, ser mãe, ficam martelando na minha cabeça. Isso é bom, não é? Por um lado sim, por outro não. A Hanna ainda está gritando aqui na minha cabeça, mas eu não consigo escutá-la.
- Jessie! Você tá me ouvindo? 
- Oi? O que você disse? 
- Que você tem que fazer um teste, tipo agora.
- Não, Hanna, eu não estou grávida, para com isso.
- Jessie, você tá com medo?
Desviei o meu olhar dos olhos penetrantes dela. Eu estou com medo, mas se isso for verdade eu tenho que encarar isso.
- Olha, não se preocupa, comigo foi a mesma coisa. Só que quando eu descobri chorei noites seguidas. Eu não era como você, eu saia todo dia à noite, quando eu soube disso foi o fim do mundo pra mim! Mas no final tudo ficou bem, eu sou muito grata por tudo, e sou feliz assim. Meu filho foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. -ela se sentou do meu lado e colocou as mãos nas minhas costas.
- Eu.. Eu sei Hanna, mas... Eu não sei! Eu estou confusa, eu realmente não sei como agir, não sei o que fazer. Eu mal consigo cuidar de mim, como vou cuidar de uma criança? -deitei nas pernas dela.
- Vai ficar tudo bem, Jessie. Eu estou aqui com você. E se isso for verdade mesmo, você tem que ir no médico, agora! Levanta desse sofá e vamos marcar uma consulta.
- Não Hanna, eu não quero fazer isso, vai lá você. -deitei no sofá.
- Tudo bem, eu vou, mas eu vou deixar o Cody aqui, se ele chorar ou só acordar mesmo você dá um jeito ok? 
- Tá, tá... -escutei ela andar e a porta bater. 
Eu não conseguiria dormir. Eu continuava pensando aquilo, pensando sobre um filho, pensando sobre minha relação com o Justin. Eu não sei o que vai ser de nós agora. Eu tenho certeza que nosso namoro não tá muito bem, desde que ele começou a me ignorar. Quando você não é bem vinda num lugar, você tem que perceber. E eu percebi que talvez eu não esteja no lugar certo mais. 
Eu sei que eu amo ele, muito. Mas é tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, que a gente nem tem tempo de ficar junto, de ter um momento em paz. Eu só queria que as coisas ficassem no seu devido lugar, que tudo se encaixasse, que por pelo menos um dia eu vivesse em paz com todo mundo. Ou quem sabe que o resto do mundo esquecesse que eu existo e viver sem preocupações por um momento. Só relaxar. Mas é problema atrás de problema.
Escutei o choro de um ser que acabara de vir ao mundo e levantei do sofá assustada. Corri até meu quarto e o peguei da cama. Ele estava no meio de um monte de cobertores e almofadas pra não cair. Tão fofo!
Peguei ele no colo e fiquei ninando ele de um lado pro outro. Ele era tão pequeno. O choro logo foi parando e ele abriu os olhos. Grandes e lindos. Ele era o bebê, mas fofo que eu já tinha visto. 
Naquele momento, eu senti uma ternura, um sentimento de carinho, e talvez... Uma coisa dentro de mim se despertando, um sentimento de querer ter um bebê pra cuidar. Ficar olhando ele a noite toda, só pra ter certeza que nada vai acontecer com ele. Sentir aquela alegria, só de saber que ele está vivo, e é seu. Um humano gerado de você. É um dom poder ser mãe. Não deve existir coisa mais especial que isso. 
Desci as escadas com o máximo de cuidado que pude e peguei a mamadeira dele na cozinha. O leite não estava frio, nem quente, só dei pra ele direto. Ele sugava aquilo  com força, realmente estava com fome. Soltei um risinho fraco e continuei a dar leite pra ele.
Eu não conseguia tirar os olhos daquela criança. Eu sei que eu posso não dar conta de ter um filho agora, mas eu olho pro Cody e penso sobre isso... O que importa se eu não conseguir? Isso é uma nova vida, isso é uma felicidade que acabou de nascer. Ele traz alegria pra todos, e é especial. Sentir que ele depende você, pra tudo na verdade. Desde o nascimento, até um dia estar pronto pro mundo. Dar pra um filho tudo que você pode dar, todo tipo de coisa. 
Se eu for mãe, eu gostaria de ser mãe, como a minha foi pra mim. Claro que quero estar mais presente aqui. Mas eu falo no sentido do que ela representou pra mim. Eu tenho minha mãe como um modelo de vida. Ele aguenta tudo, o trabalho e o serviço de casa ainda. Ela é uma guerreira pra mim. E eu sinto falta dela.
Ele acabou de mamar e fomos pra sala. Coloquei num desenho pra ele, e ficamos lá até a Hanna chegar.Ela e o Chaz se acertaram, o bichinho conseguir dobrar ela, mas eu ainda tô de olho. Quando ela chegou em casa estava tudo pronto, a consulta vai ser amanhã à tarde.
Justin Bieber P.O.V 
Quando saímos do galpão os meninos foram pra uma boate, mas ainda era de tarde. Vai entender... Eu fui pra casa fazer minhas malas, mas antes dormi até de noite. Eu estava esgotado tanta coisa passando pela minha cabeça, ela não parava um minuto, e parecia que alguma coisa estava martelando nela.
Quando eu estava acabando de fechar a mala a porta abre e o Chaz entra.
- Que isso cara? Ia te chamar pra ir pra balada, por quê está fazendo as malas?
- Eu vou voltar pra Nova Iorque, preciso resolver umas coisas lá. -Jessie.
- Han? Que coisas? Você matou o cara que tava te atrapalhando, agora é só água e sombra fresca.
- Chaz, aconteceram umas coisas que eu não te contei e eu preciso ir.
- O que aconteceu? -sentei na cama e ele me olhou. Eu precisava contar isso pra alguém, estava tudo entalado na minha garganta e eu sentia que precisava me libertar dessa angustia.
- A Jessie e o Toby se beijaram.
- Como é que é? O primo da Hanna? -ele arregalou os olhos.
- Isso mesmo.
- E como você sabe? 
- Alguém me mandou uma foto, acho que era o Peter, porque pararam com isso, mas não importa mais. -ele não falou nada por um bom tempo.
- E o que você tá pensando em fazer? Tá muito calmo pro meu gosto...
- Eu não sei, to perdido. Eu nunca pensei em ficar assim por alguém.
- Você gosta dela, e não é pouco não.
- Eu sei, e isso é o pior.
- Bom, você que sabe, pra o que precisa conta comigo cara. -ele bateu nas minhas costas.
- É bom ter você comigo, Chaz. Agora vai curtir eu sei que você tá doido pra ir, mas e a Hanna.
- To amarrado que nem você -rimos- Não vou pegar ninguém, só beber. Quer ir comigo? Vai ser duro aguentar eles se esfregando numa cachorra e eu sozinho. -rimos mais.
- Vamo lá, dude.