sábado, 28 de dezembro de 2013

NYC - Secons Season - Capitulo 9

A new life 

Jessie Valentine P.O.V

Depois de um tempo naquele lugar, e reclamando muito com o Justin. Ele pediu pro Christian me levar pra casa. Melhor do que ficar lá trancada. O Justin disse que provavelmente ficaria lá a noite toda, planejando algumas coisas. Ele não me disse muito, já percebi que o mesmo não gosta de me envolver nessas coisas que ele faz. Mas eu também não me importo, apesar de tudo, eu não teria coragem de fazer o que eles fazem, quanto mais matar uma pessoa. Eu, sinceramente, não tenho cabeça pra enfrentar uma coisa dessas. E de admirar que eles fazem isso, com tamanha frieza e agem tão naturalmente. Quer dizer, pelo menos eu acho que eu, não teria coragem de fazer isso. A não ser que eu me sinta no direito de fazer isso.
Subi as escadas e fui pro meu quarto. Já era tarde da noite e o sono já estava me chamando. Tomei um banho super rápido, coloquei meu pijama e me joguei na cama. 
Amanhã vai ser um longo dia. Se, claro, depender de mim.

(...)

Senti a luz invadir meu quarto e me praguejei mentalmente por ter esquecido de fechas as cortinas. Eu simplesmente odeio ser acordada assim. Com a luz tocando seu rosto agressivamente.
Me levantei irritada e fui até o banheiro. Entrei de baixo da água fria, pra ver se eu ficava mais calma. Eu não sei porquê, mas a maioria das vezes eu acordo estressada. Saí do banheiro e fui até o closet, peguei uma roupa e coloquei. 
Desci as escadas e andei até a cozinha pra tomar café. Mas ao contrário disso, encontrei meu avô sentadinho na cadeira, quieto, chorando baixinho.

- Vô? -chamei seu nome, eu estava assustada, eu nunca pensei em encontrar meu avô assim, pra mim ele era forte, aguentava tudo que viesse. Mas acho que eu estava errada. A velha lá no hospital era mesmo importante pra ele. E isso me mata por dentro. Ver ele assim, não é agradável.
- Ah, oi Jessie. Já vou fazer seu café. -ele levantou rapidamente e assustado, limpando as lágrimas.
- Não precisa. Vem cá, por que você tá chorando?
- Ah, minha neta. Você sabe, as coisas pro lado da sua avó não estão muito boas.
- Mas eu não pensava que o estado dela era muito grave.
- Infelizmente é. Eu também pensei que logo ela estaria aqui de novo, reclamando de tudo. -deu uma risada embargada pelo choro. -Ainda mais agora que transferiram ela para o UTI.
- Eu sinto muito.
- Sabe o que iria me deixar muito feliz? Você ir visitá-la. -bufei sem ser agressiva- Por favor, Jessie. Você é a única neta que nós temos. Eu sei que vocês não se dão bem, mas ela nem acordada está.
- Vou pensar nisso tá legal?
- Melhor que nada.

(...)

Estava em casa mofando, quando recebi uma ligação da Hanna me chamando pra sair. O primo dela vai junto. Acho que ele vai ficar um bom tempo aqui. Levantei do sofá, peguei meu carro e dirigi até a casa dela. Estacionei em frente o prédio dela. Passei pela portaria e subi pelo elevador. Logo estava na porta do andar dela. Toquei a campainha e em seguida alguém abriu a porta.

- Ei, Toby. A Hanna está ai?
- Tá sim, lá no quarto dela, pode ir lá. -ele deu passagem e eu entrei seguindo em direção ao quarto dela. - Oi, minha barrigudinha. - A Hanna já estava pra ganhar o bebê, de acordo com a médica, esse mês mesmo ou no próximo ela já ganharia um filhinho. E como ela se sente gorda, ela fica estressada, e quando ela fica estressada ela bota todo mundo louco. 
- Ai, cala a boca, eu to tentando achar uma blusa que sumiu do mundo, e você vem me atiçar.
- Tudo isso é falta de uma boa noite com o Chaz? -eu adorava cutucar a onça com a vara curta.
- Jessie, eu vou enfiar esse sapato na sua garganta. -ela segurava um sapato de salto na mão.
- Então tá... Pra onde a gente vai?
- Se eu não achar a blusa pra lugar nenhum. -eu comentei que ela estava de sutiã? Pois é...
- Vai com qualquer uma.
- Eu não posso ir com qualquer uma, porque quase todas estão me apertando e eu fico ridícula com todas! Mas essa é legal... -ela estava em discussão consigo mesma, melhor eu não falar nada se não vai sobrar pra mim. Me joguei na cama dela e esperei ela ficar pronta.
- Ai! Ai, Jessie me ajuda aqui. -levantei assustada e caminhei até ela. A mesma estava com as mão nos pés da barriga e gritava de dor.
- Hanna, ai meu Deus, calma respira, será que está na hora?! 
-AAAAAAH!! -ela continuava gritando de dor, logo o primo dela chegou no quarto assustado.
- Hanna, ai meu Deus, o bebê. A gente precisa ir pro hospital.
- Como eu vou fazer ela sair desse prédio, ela mal consegue ficar em pé. 

Nós dois estávamos assustados, na verdade os três. A Hanna só tem dezoito anos, ninguém sabe como agir numa situação como essa. Gritei pro Toby e ele pegou ela no colo levando até o elevador. Eu não sei o que fazer. 
Esperamos o elevador chegar no térreo, e entramos no meu carro. Eu estava tremendo, em estado de pânico, eu realmente estava muito assutada, os gritos dela no banco de trás eram altos e me assustavam cada vez que saiam da boca dela. As contrações tinham começado.
Tomara que esse neném nasça bem.
Voei com o carro até o hospital mais próximo, por ironia ou não era um particular, mas gastar o dinheiro que me restou com uma causa como essa é até bom.
O Toby pegou ela de novo no colo e entramos correndo no hospital gritando por um médico. Estávamos desesperados, muitos gritos e eu ficava parada, estado de choque. Eu só escutava os gritos da Hanna me pedindo pra ligar pro Chaz, logo ela desapareceu da minha visão numa maca. Quando me toquei de tudo que estava acontecendo, peguei meu celular -ainda tremendo- e liguei pro Justin. Eu não tinha o número do Chaz.

- Oi, Jessie... -cortei ele.
- Justin, qual o número do Chaz?
- Chaz? Pra que você quer o número do telefone dele?
- Ai Justin, que merda, dá pra você falar logo?
- Pra quê?
- Justin, caralho, a Hanna está tendo o bebê e eu preciso dele aqui porra! -eu berrei no hospital.
- Hanna? Puta que pariu já tamo indo pra aí. -e ele desligou. Logo ele retornou. - Que hospital vocês estão? -filho da puta, ele desliga na minha cara e esquece de pergunta o hospital.
- Naquele perto da casa dela, acho que é um particular, da cor azul claro, meu carro tá na porta.
- Tudo bem, tchau. -e desliga de novo. Na minha cara. De novo.

Tomara que eles cheguem a tempo.

- Será que vai ficar tudo bem? -no meio de toda a minha agitação, eu nem reparei que o Toby estava no canto todo encolhido e parecia deixar algumas lágrimas cair.
- Fica calmo, vai ficar tudo bem.
- Jessie, eu não sei não... A Hana é muito nova, eu vou me sentir muito mal se alguma coisa acontecer com essa criança. 
- Mas você não tem que se sentir culpado, nada aconteceu pra você se sentir assim.
- Jessie, sei lá... A Hanna é minha pequena, ela é minha prima. Eu amo ela. Apesar desse meu jeito protetor, eu não quero que nada aconteça a ela, nem a essa criança.
- Não vai acontecer nada, fica tranquilo Toby. -puxei ele pra um abraço, e o mesmo ficou chorando no meu ombro. 
- QUE PORRA TÁ ACONTECENDO AQUI? -era a voz do Justin. Como ele chegou tão rápido? Pelo que eu conheço dele, ele deve ter vindo há uns duzentos quilômetros por hora. E acho que ele não gostou de ver a cena em que eu me encontrava. -Jessie! Eu tô falando com você. -me afastei do Toby e virei pra ele. Mas antes que eu pudesse dizer alguma coisa o Chaz veio todo afobado atrás de mim.
- Jessie, pelo amor de Deus. Cadê a Hanna.
- Eu não sei Chaz, levaram ela por aquela porta. -ele saiu correndo passando pela porta e logo depois pude escutar alguns seguranças gritarem com ele por causa disso, mas nada o impediu. Ele saiu correndo de porta em porta até achá-la. 
Uma enfermeira veio até mim e pediu para que alguém fizesse a ficha da Hanna, eu peguei a prancheta da mão dela e sentei numa cadeira. O Toby foi pra algum canto falar no telefone com alguém, acho que era com a tia dele.
- Jessie, você ainda não me respondeu. - ouvi a voz firme do Justin do meu lado. Ele parecia estar furioso.
- Justin, por favor, eu to com os nervos à flor da pele. Será que a gente pode conversar sobre isso outra hora? E o Toby é só o primo da Hanna, não chega a nem ser um amigo direito.
- Tá, mas em casa a gente conversa.

(...)

Passou um tempo e o Chaz saiu daquela porta com um sorriso bobo no rosto. A mãe da Hanna -que já tinha chegado- foi a primeira a correr até ele e começar a enchê-lo de perguntas.

- Como estão eles?
- Estão todos bem, o Cody foi levado para o berçário e os médicos levaram a Hanna pro quarto.
- Como é o meu neto? -perguntou ela angustiada.
- Ele é lindo, nasceu com dois quilos e meio. Ele é tão pequenininho, todo enrugadinho. -ele realmente se sentia como se fosse o pai da criança que acabara de nascer. De certa forma era, porque a partir de agora ele ia assumir o papel de pai. O sorriso ainda não saia do seu rosto.
- Tô achando que meu amigo virou boiola. -o Justin resmungou no meu ouvido.
- Ele só ta emocionado. Queria ver se fosse você. Nunca pensou em ter filhos?
- Claro que já, acho que seria legal ter um mini Bieber correndo pela casa. Ele iria ser a minha cópia.
- Nem morto! Se eu tivesse um filho seu, ele ia ser um príncipe.
- Quer encomendar o primeiro? -me olhou com um sorriso sacana.
- Agora não. Chaz será que dá pra você avisar pra Hanna quando ela acordar que eu já volto? Eu só vou dar uma passadinha em casa e depois volto pra cá.
- Tudo bem eu aviso. Nem sei como te agradecer por tudo que tem feito por ela.
- Tá tudo bem... Vou indo tá? Parabéns, papai. -ele sorriu de novo. Todo bobo.

O Justin puxou minha mãe e me levou até o carro.

- Quando chegar em casa, a gente tem muito que conversar.

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