sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

NYC - Second Season - Capitulo 8

Back to Seattle 

Jessie Valentine P.O.V

 O que o Justin disse não saiu da minha cabeça.
 ''Você morando comigo''.
Será que é a coisa certa que eu tenho que fazer? 
Eu ainda não respondi nada pra ele, quando ele me perguntou isso eu simplesmente desviei o assunto, mas eu sei que uma hora ele vai me cobrar uma resposta. Acontece que eu sou muito insegura sobre isso. A minha vida toda eu nunca tive um namorado, eu sempre ignorada, e agora eu sou completamente apaixonada por um deus grego que corresponde meus sentimentos. Muita coisa aconteceu desde quando o Justin me ''sequestrou''. Sequestro esse que acabou sendo uma das melhores coisas da minha vida.
Mas de todo jeito eu não sei se já tá na hora de morar com ele. Eu conheci a mãe dele esses dias! Tudo bem que ela não mora com ele, mas de qualquer jeito...
Confesso que é uma proposta tentadora. 
Tenho que pensar sobre isso.

(...)

Estava sentada naquele escritório a um certo tempo e o tédio já estava começando a me amolar. Já tinha mexido em todo canto, todos os lugares desse cômodo. Não achei muito coisa, só o que era de se esperar como armas, balas e preservativos. Credo! Não gosto nem de lembrar que meu namorado já pegou metade da cidade. E olha que Nova Iorque é grande, muito grande.
Levantei do sofá que tinha ali e abri a porta. Saí daquele locar e comecei a andar por ali, conhecer o locar onde o Justin trabalha. Até parece que ele tem um trabalho normal...
Tinha várias portas por ali, e eu ficava com uma vontade imensa de abrir todas, sempre fui muito curiosa e isso às vezes acabava me atrapalhando.

 FlashBack ON  

Estava na sala assistindo TV e brincando com meu macaquinho de pelúcia, quando escutei uns barulhos vindo do andar de cima. O que será que está acontecendo lá em cima? A babá Godóia foi no banheiro... Levantei do chão e andei até as escadas. Subi calmamente ainda ouvindo os barulhos, mas agora eu escutei que eles vinham do quarto do papai e da mamãe. Escutei uns gritinhos e o barulho da cama rangendo.

- Mamãe? -chamei baixinho, mas foi o suficiente para que os barulhos parassem- Pai? -chamei de novo.
- Jessie? 
- Mamãe, o que está acontecendo? -tentei abrir a porta, mas estava trancada. -Está tudo bem? Mamãe cade você? - já podia sentir as lágrimas vindo. Ouvi a porta ser destrancada e meu pai me abraçando.
- Oh, minha pequena, está tudo bem sim. 
- O que estava acontecendo, pai? Eu fiquei sozinha lá em baixo, me perdi da Godóia. 
- Tá tudo bem minha filha, vem aqui com a mamãe. -sentei do lado dela na cama. - Quer dormir com a gente hoje. -murmurei um barulho assentindo e ela me abraçou. Rapidamente senti o sono vir e dormi no colo da minha mãe.

 FlashBack OFF 

Naquela época eu só tinha quatro ou cinco anos. Não sabia o que eles estavam fazendo. Mas agora que eu cresci, toda vez que eu me lembro disso sinto meu rosto ferver de vergonha. Só Deus sabe o aperto que minha mãe e meu pai devem ter sentido comigo lá. 
Continuei andando e me encontrei com uma escada que subia. Lá em cima parecia ter um tipo de sótão.
Olhei para os lados pra ver se tinha alguém me observando e comecei a subir. Deixei em alguns degraus pra trás e logo cheguei na porta. Levei minha mão até a maçaneta e empurrei a porta. Entrei naquele quartinho e tive a visão de uma mesa, com um monte de computadores em cima. Parecia que eu estava na ''sala dos seguranças''. Tipo aquelas salinhas que tem vários monitores ligados à câmeras. Era exatamente isso. 
As câmeras estavam filmando uma casa noturna, uma boate. Mas só algumas funcionavam, outras estavam abertas em pastas que tinham por ali. Pastas no computador com as filmagens salvas. Puxei uma cadeira pra mim e sentei. Não tinha nada pra fazer então eu comecei a olhar os videos. Alguns eram ''ao vivo'', outros eram as gravações.
Escorreguei com a cadeira até outro monitor, e comecei a ver as filmagens que tinham salvas.
Havia várias pastas ali, umas escrito ''saguão'', ''entrada''. Todas sempre tituladas. Mas uma me chamou a atenção. Estava escrito ''escritório''. Não tinha tanta certeza se era o escritório que o Justin tinha na boate, mas parecia ser. Ele era o chefe, seria normal ele ter um escritório. Abri a pasta. Afinal, essas gravações tinham haver com meu namorado, acho que eu podia ver. 
Tinha muitas gravações, muita mesma. Alguns de anos atrás, mas todas tituladas por datas. Olhei as mais recentes e uma delas me fez ficar atenta. Era um vídeo de uma ruiva se esfregando no Justin. Vagabunda. E a data era de ontem. Filho da puta!
O que ele tá pensando? Que vai ficar de gracinha pra primeira vadia que aparecer? Mas não vai mesmo. Se ele pode, eu também posso! Isso não vai ficar assim. A boate era do Justin, o que facilitava muita coisa. Primeiro eu vou me vingar dessa lambisgoia, e depois eu vou tirar satisfação com o Justin! 
Desci aquelas escadas furiosa e fui a procura do Justin. Era difícil achar ele no meio daquele monte de homens e portas. Tinha vários lugares que ele podia estar. 
Abri uma porta e encontrei ele virado pra mim. Respirei fundo e contei até três. Quando se trata dessas coisas eu sou bem estressada, que dizer, eu sou muito estressada com muitas coisas. Mas nesse momento, eu estava raivosa! Ele olhou pra trás e me viu. Botei uma expressão de quem estava cansada na cara e andei até ele.

- Justin, vai demorar mais?
- Sabia que você já ia começar a reclamar. -ele praguejou- Você sabia que eu ia demorar, mas mesmo assim teimou em vir. Agora espera.
- Sério?
- Sério, Jessie. Senta aí e espera. -bufei irritada, e sentei num sofá que tinha ali.

Se ele acha que está tudo bem, ele está muito enganado. Uma mulher te trair uma vida que você nunca vai descobrir, já com os homens não é o mesmo. No segundo seguinte todo mundo já está sabendo. Não foi diferente com o Justin, essa gravação é de um dia atrás. Eu não posso esquecer que ele é um tarado, louco pra dar! Mas eu vou botar ele na linha, ah se vou! 
Vou ter que dar um jeito de ir nessa boate do Justin, pra mostrar pra aquela vadia que é que manda! Se o Justin pensa que vai dar um par de chifres, ele está muito enganado. Eu dor o troco, e faço pior.

(...)

Já tínhamos saído do galpão, e o Justin continuar com essa ideia de não querer me contar o que está acontecendo. Mas tudo bem, ele que continue desse jeito. 
Nunca tive que me preocupar com ciúmes, eu nunca senti isso. Mas eu descobri que eu não gosto, e que sou capaz de tudo pra fazer isso parar. Parece que vai crescendo uma insegurança dentro de mim, como se eu não fosse boa o suficiente pra ele. E talvez eu não seja. Eu sei que eu sou infantil, chata, e mil outras coisas. E o Justin... O Justin sei lá, ele é perfeito pra mim. Deve ser pra outras sirigaitas também. Saí daquele escritório e fui dar outra voltinha por aquele galpão. Quem sabe eu não acho outra coisa comprometedora. Como o corpo de alguém.

Justin Bieber P.O.V

Assim que a Jessie saiu de lá, pude conversar normalmente com os garotos. Eu tinha decidido que sim, eu vou pra Seattle. Eu quero me livrar o mais rápido desse cara que vem me sacaneando, e se pra isso eu tenho que voltar lá, então eu vou voltar.
Mas o problema é que as coisas estão um pouco desestabilizada por aqui. Sem o meu comando parece que vai tudo por água abaixo. Bando de incopetentes! Preciso de mais grana, esse é o problema. Como eu não estava aqui, as cadelinhas da boate se rebelaram, e causaram um grande prejuízo, e eu tive que gastar uma boa nota pra resolver tudo. E como o carregamento de Seattle foi roubado, isso só me deu mais prejuízo. 
Mas eu e os caras, já sabemos o que vamos fazer. Outro roubo. Na próxima semana. No banco mais importante de Nova Iorque.

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