quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

NYC - Second Season - Capitulo 7

Theft

Jessie Valentine P.O.V 

Acordei na minha cama e apalpei o outro lado, como o esperado, Justin não estava lá. Abri os olhos e me toquei que estava sem roupa. Coloquei o lençol em volta do meu corpo e fui até o banheiro. Deixei o lençol cair e fui tomar um banho. Entrei no box e a água caiu sobre meu corpo. Lavei meus cabelos e logo sai de debaixo do chuveiro.
Fui até o closet e peguei uma roupa pra ficar em casa mesmo. Desci as escadas e não encontrei ninguém.
Às vezes essa casa me dá uma solidão, um medo, um sentimento de... recuamento? Ela fica tão vazia só comigo aqui. Sempre foi assim. Mesmo quando meus pais estavam vivos eu ficava aqui sozinha. Eles eram muito ocupados pra ficar comigo. Ficava apenas eu e os empregados, mas eu não costumava conversar com eles. No andar de cima, tem uma escada que dá à um sótão. Tem uma cama lá e alguns móveis antigos, como mesinha e um pequeno guarda roupa. Eu costumava ficar lá horas quando me sentia triste, ou seja, passava a maior parte do tempo lá. Ninguém nunca notava que eu sumia, pra eles era como uma preocupação a menos. Depois que minha mãe morreu, eu tive que aprender a me virar sozinha. Como meu pai me ignorava, eu não tinha que dar satisfação a ninguém, sempre fazia tudo que quisesse. Tinha dias que eu saia de madrugada e voltava só no outro dia de tarde. E nesse minha ''fugas'' eu nunca fazia nada. Ia até a praia e ficava olhando o sol se pôr e o sol ir embora. 
A escola também nunca fez muita diferença na minha vida, eu ia mais por obrigação. Eu nem sabia o que queria fazer da minha vida e não seria na escola que eu iria descobrir. Eu não tinha amigos, não tinha com quem conversar. Pra todos eu era ''a estranha'', em partes, ainda sou. Eles nunca tentaram me entender. Às vezes que me sentia acuada, diferente de todos, eu pensava que eu era realmente a merda que todos falavam de mim. Eu sentia inveja daquelas garotas, as chamadas ''populares da escola'', todos babavam por elas, pra poder ter uma conversa com elas, eles às admiravam, como se fossem rainhas. Elas eram badaladas, trocavam de roupa, e de garotos a cada minuto. Eu queria poder ser como elas. Mas quem nunca quis isso? Mas, pelo menos, hoje eu não me sinto mais assim. Eu sou desse jeito, me sinto bem assim. Eu não preciso mudar, nunca precisei.

Fui até a cozinha preparar alguma coisa pra comer. Acabei derretendo uma barra de chocolate e comi assim mesmo. Sim, sou gulosa, e morro por um chocolate.
Fui até a sala e me joguei no sofá. Fiquei procurando algum filme ou seriada que estivesse passando, enquanto devorava meu chocolate.
Escutei meu celular tocar em algum lugar da casa. Não sabia onde estava então deixei tocar... Não demorou muito e eu escutei o telefone da minha casa tocar. Ele estava do meu lado então eu atendi.

- Alô? -eu disse.
- Jessie, por que você não atendeu o seu telefone?
- Ele tá no meu quarto e eu to aqui na sala.
- Custava subir as escadas?
- Que preguiça, Justin.
- Preguiçosa.
- Fazer o que né?! 
- Tá afim de sair?
- Pra onde?
- Tanto faz, onde você quer ir?
- Num sei, quantas horas?
- São seis e trinta e quatro.
- A gente pode ir jantar se quiser. Ou só comer uma pizza, um lanche...
- Tudo bem, daqui a pouco eu to chegando ai na sua casa, se arruma.
- Tá, to te esperando.

E desliguei.
Acho que nenhum de nós está acostumado a dizer ''eu te amo'' um pro outro. Eu nunca dizia isso pra ninguém. Essa frase simplesmente não saia. Acho que eu não conseguia mentir sobre isso, e agora que eu realmente sinto isso, eu consigo dizer.
Subi as escadas e fui até o closet trocar de roupa. Fiz uma trança no meu cabelo meio solta e logo estava pronta. Passei só um gloss e desci as escadas pra esperar o Justin. 
Logo a campainha tocou e eu fui atender.

- Oi. -ele disse e me deu um selinho.
- Oi.
- Por que você sempre se veste assim ?
- Han?
- Você sempre tem alguma parte da roupa estranha, hoje são seus sapatos, dá outra vez foi a saia. -ele riu.
- Não posso fazer nada se gosto de me vestir assim. Quando e com você eu não falo nada.
- E eu me visto estranho?
- Justin, suas calças estão praticamente no joelho.
- E...? Isso é swag. -ele fez um negocio com as mãos.
- Isso é falta de apanhar, meu querido. -andamos até o carro e ele passou os braços pela minha cintura.
- Não me importo de você me bater, enquanto eu faço você gemer meu nome. -ele disse com a boca colada no meu ouvido, e eu senti meu rosto esquentar e ele deu uma risadinha rouca que me deixou louca.

(...)

Nós fomos à uma lanchonete. Sei que não é muito romântico, mas... Nenhum de nós precisa disso pra mostrar o nosso amor.
Assim que chegamos a garçonete veio se oferecer pro meu homem, e o Justin ainda dava bola. Isso me deixou muito puta, e o retardado se divertia com a minha cara. Mas foi só aparecer um carinha bonito que ele fechou a cara. 
Agora estamos dando uma volta de carro. Ainda não é muito tarde, são quase oito da noite e ele disse que quer que durma na casa dela. Já imagino o que ele quer...
Paramos em frente à minha casa e eu desci pra poder pegar umas roupas, para ir pra casa dele. Foi quando o celular dele tocou.

- Fala Chris.... O QUÊ?? -ele gritou e eu me assustei- Como assim? Quando foi isso? ... Escuta o que eu tô te falando, quando eu descobrir quem fez isso, não vai sobrar um fio de cabelo pra contar história. -e desligou furioso. Ele andava de um lado pro outro passando as mãos no cabelo, mostrando que estava muito frustado.
- Justin. -eu o chamei- O que aconteceu?
- Desculpa, Jessie. Mas eu vou ter que deixar essa noite pra outro dia. Os caras estão precisando de mim lá no galpão.
- Não vai me contar o que está acontecendo?
- Você não precisa saber.
- E enquanto você está lá, eu fico aqui morrendo de preocupação?
- Acredita em mim, Jessie. Você não precisa saber. Fica aqui que vai ficar segura.
- Não! Eu vou com você. -peguei um casaco em cima da poltrona.
- Claro que não, tá maluca? Aquilo não é lugar pra você.
- Olha, a gente pode ficar aqui discutindo enquanto poderíamos estar lá resolvendo isso. -eu cruzei os braços e esperei ele dizer alguma coisa.

Justin Bieber P.O.V

Porra! A Jessie é muito teimosa, caralho! Se eu levar ela eu sei que ela vai descobrir tudo o que está acontecendo. Principalmente agora que algum filho da puta roubou meu carregamento de Seattle e ainda matou metade dos homens que estavam lá.
Isso mesmo! Tem alguém brincando com a sorte. Eu to muito puto agora, posso matar qualquer um que aparecer na minha frente e a Jessie não está ajudando a me controlar!

- Jessie, eu tô muito estressado e você não está ajudando. Já disse que você não vai!
- Ótimo, mas aqui em casa eu não fico! -ela disse e saiu do quarto. Escutei os passos dela descendo as escadas correndo e abrindo a porta.

Filha da puta.

Corri atrás dela por aquela casa e a encontrei na garagem pronta pra sair com o carro. Eu, sem pensar, entrei na frente do carro.

- Justin, sai daí porra! 
- Caralho, Jessie. Você tá me estressando.
- Me deixa sair que eu te deixo em paz.
- Não porra! -gritei.
- Vai deixar eu ir com você? -ela gritou de volta e eu me calei- Responde!
- Tá legal, o.k eu deixo você ir. -me dei por vencido e ela saiu do carro contente.
- Obrigado amor. -ela me deu um selinho. - Vou pegar meu casaco. -ela subir dando pulinhos, mas antes eu segurei seu braço.
- Você vai ter que me dar alguma coisa em troca. -disse baixo.
- O que você quer ?
- Você morando comigo.

(...)

Cheguei no galpão e logo os meninos estavam me esperando. 
Eu preciso imediatamente descobrir que está fazendo isso. Não posso deixar barato. Eu vou me vingar. Cumprimentei todos e caminhei até a mesa.

- Justin, por que você demorou tanto? -eles estavam frustado.
- A Jessie tava dando à louca lá, tinha que dar um jeito nela. -percebi que eles acompanharam meu olhar e notaram que ela também estava aqui.
- O que ela está fazendo aqui? -o Chaz perguntou baixinho.
- Não conseguiu controlar sua gata, Justin? - é isso mesmo? Eles estão tirando uma com a minha cara?
- Cala a boca, seus arrombado. -em seguida escutei as risadas deles e eu revirei os olhos.

A Jessie veio até mim e eu passei meus braços em volta dela. Percebi que alguns dos capangas mandavam uns olhares pra ela. Tá vendo?! Era por isso que eu não queria trazê-la.
Dei um beijo nela e ela retribuiu, quando acabou os caras pararam de olhar pra ela. Ótimo. 

- Jessie, eu posso demorar aqui. Tem certeza que quer ficar?
- Tenho Justin. Você veio me perguntando isso o caminho inteiro.
- É que eu não gosto que você fique aqui. Esses caras estavam te olhando como se você fosse um pedaço de carne.
- Isso é ciúmes? 
- Só cuido do que é meu. -ela sorriu.
- Não se preocupe. Eu sou só sua. -ela me beijou.
- Fica lá no meu escritório, qualquer coisa é só me chamar. -apontei pra uma porta. Ela assentiu e entrou lá. -Pronto, agora podemos resolver isso. Alguma pista de quem é o cara?
- Não conseguimos encontrar nada ainda. Metade de nossos homens que estavam em Seattle, foram mortos. Estamos em desvantagem. Justin, a gente precisa ir pra Seattle. Quem sabe lá a gente encontra alguma coisa sobre quem roubou as drogas.
- A única coisa que sabemos, é que é alguém poderoso, outra pessoa nesse meio. E precisamo dar um jeito de acabar com isso, se não a coisa vai piorar.

Não tinha mais jeito. Eu teria que voltar para aquela maldita cidade. Onde a Jessie sofreu. Voltar ao lugar que só trouxe mágoas pra ela. Não tenho muito coisa que eu possa fazer agora. Tenho que dar um passo de cada vez. Mas eu preciso voltar pra Seattle.

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